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O AMOR é imortal







Trocamos olhares, juras de amor e alianças, construímos um lindo castelo e dentro dele colocamos todos os nossos sonhos. Acreditamos que a partir desse momento éramos um, não sabíamos que antes de tudo era necessário estarmos com a alma livre, era necessário antes sermos nós mesmos na íntegra, não pela metade, não em construção. Para haver possibilidade de doação, de troca, se faz necessário antes ser inteiro, ser dono de si, ter a alma absolutamente livre, apta para a vida e para o compartilhamento. 

Ainda nem sabíamos nada a respeito da existência, muito menos sabíamos sobre nossas próprias almas, agíamos pela linguagem corporal, pela química dos corpos e suas reações. Passaram-se muitas datas, estações, anos e anos vivendo num descompasso, bem longe do que seria a batida perfeita. Altos e baixos, frio e calor, flores e folhas secas, ventos e tempestades, interferências diversas contribuíam para a destemperança... Vivemos todos os períodos sem perspectiva alguma, sem chance de recomeçar, sem esperança de reescrevermos a nossa história, apenas vivendo e colecionando mágoas.  

Havia um feixe de luz lá no fundo, um ponto no horizonte que mal se podia ver. Éramos tão imaturos que nem imaginávamos que aquele ponto de luz era um imenso sol, um sol que poderia nos tirar daquela escuridão. Escuridão esta que se fazia presente em todas as horas do dia e quando a noite caía era blecaute, um breu absurdo. Urubus e corvos pousavam na nossa janela, mariposas rodeavam a todo instante, como que prevendo   infortúnio, desespero e dor, enquanto isso nos debatíamos suplicando que aquele elo não fosse aniquilado, rompido. Vozes sussurradas, corações aflitos, por fim, gritos e gritos de pavor. Era a fúria possuindo a mente, o desequilíbrio dos que se perdem por não terem conseguido dominar o outro, tampouco dominado a si mesmo. E veio a onda gigante, a tsunami de emoções e levou tudo embora, com tantas lágrimas eu fiz um mar. 

Foi-se o castelo e os sonhos, mas ficou o amor... O amor é indestrutível, sobrevive a tudo e a todos. Hoje quando sinto o vento no rosto sei que pode ser o amor cansado de voar que veio descansar em mim. Ele vem também durante o meu sono, enquanto adormeço posso senti-lo e até vê-lo me abraçar com ternura, me beijar com doçura e fazer com que eu mate a saudade recostando-me em seu peito, como fazia quando estávamos juntos. Aquele amor permanece vivo, andando pelo Cosmos, amor de raiz, enraizado em mim e em ti, enraizado no universo, mostrando que é o mais forte dos sentimentos. Provando e comprovando que não morre, fica no mundo pairando no ar. Mesmo que os olhos não se vejam e as mãos não se toquem, O AMOR vive, porque tudo que verdadeiramente sentimos imortalizamos.


Por  Lu Scheffelbain

Todas as reproduções, parciais ou na íntegra, devem fazer referência ao nome da autora 
Lu Scheffelbain e ao blog http://eulunaluz.blogspot.com/



7 comentários:

  1. oi
    fiquei encantada com seu blog, adoro esse tipo de assunto.

    bj

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  2. Obrigada, Miranda! Sinta-se bem-vinda e volte sempre! Beijos

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  3. Amiga Lu, minha linda, que lindo esse seu texto, bem do seu jeito, bem de sua alma, sei que é bem assim como dizes aqui, o amor vence né mesmo minha linda amiga!
    Maravilha de texto, amei, lindo e muito bem escrito!
    Abraços minha linda e amada amiga!
    Ivone

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  4. Ivone, obrigada! E é bem assim mesmo... Muitos casais se perdem por se unirem com muita pouca idade e não terem estrutura para vencer todas as etapas até atingirem a sintonia necessária para uma convivência harmoniosa, saudável! Antes de se unir a alguém é necessário estar inteiro, maduro o suficiente para suportar e trabalhar as diferenças de um com o outro, as interferências de familiares e outras pessoas... É muito triste imaginar que muitos casais se separam ainda se amando. O amor pode tudo sim, ele sobrevive a tudo e a todos, porém os casamentos não conseguem ser tão fortes assim. Vai cada um para um lado, refazem suas vidas, mas o amor permanece vivo dentro de cada um, vivo no mundo, por séculos e séculos, eterno... Acompanhado de tristeza e saudade! Beijos

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  5. Lu, sei como é isso, você é da geração dos meus filhos, que bom que tens uma vida em comum saudável e feliz, eu não tenho o que me queixar, meus filhos encontraram as pessoas certas, estão felizes, mas minha linda, não consigo ver essa felicidade com muitas pessoas que indiretamente fazem parte de minha vida.
    Quase todos os sobrinhos do Nardo estão separados ou se separando de seus cônjuges, vejo as crianças sofrendo com isso, mas não posso fazer nada, até me pedem conselhos, mas não há como aconselhar nesses casos, terão de se encontrarem ou reencontrarem, esse seu texto é maravilhoso, espero que tenhas ajudado pessoas com isso, eu, assim como você, escrevo o que sinto e percebo, quem quiser ler e aprender, fica mesmo por conta de cada um, né amiga?
    Abraços,
    Ivone

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  6. Ivone, é verdade, infelizmente ninguém pode ajudar... E quando há crianças no meio, filhos, meu Deus, tudo se torna mais tenso! Não sou contra divórcio, existem uniões que são insustentáveis, ninguém tem que viver na infelicidade, há sim casais que têm que separar... Contudo, não sou a favor de precipitações, há casamentos que se desgastam por puro erro de comunicação, por imaturidade, por prevalecer o ego/orgulho, enfim... Casamento é sem dúvida alguma uma tarefa nada fácil, requer empenho, dedicação, doação, tolerância... Por isso não adianta mudar de marido ou esposa, para manter uma união sempre será necessário um trabalho pessoal de ambas as partes... Quem não quiser se empenhar então que se separe e fique sozinho, pois relações conjugais necessitam de investimento, manutenção... Pode ser comparado a uma empresa, é um empreendimento que necessita de olhar amoroso, cuidados. O triste é deixar o ego/orgulho falar e depois ser condenado a infelicidade por ter deixado aquele amor ir embora... E as consequências, os traumas, enfim, as lacunas emocionais que ficam nos pais e nos filhos... Lamentável, profundamente lamentável... Mas infelizmente, muitas vezes, inevitável! Fazer o que?! Beijos

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  7. Nada amiga Lu, só podemos escrever aqui e quem puder ou quiser ler e aprender é ótimo, beijos minha linda amiga!

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