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As Cartas do Caminho Sagrado / Jamie Sams




As “Cartas do Caminho Sagrado. A descoberta do ser através dos ensinamentos dos índios norte-americanos”, Jamie Sams (Ed. Rocco, 1993) são as eternas inspiradoras de vida, pois nos oferecem a experiência não apenas dos povos indígenas, mas de toda a consciência humana, iluminada pelos grandes Mestres do Universo. Nos oferece a harmonização dos ensinamentos colhidos entre os índios das nações Seneca, Asteca, Choctaw, Lakota, Maia, Yaqui, Paiute, Cheyenne, Kiowa, Iroquesa e Apache.

O livro é composto de um texto acompanhado de 44 cartas que podem ser utilizadas de várias maneiras, inclusive escolhida apenas uma, aleatoriamente, como se fosse das cartas de um baralho. Cada uma tem um significado, uma mensagem, e o seu momento “é sempre atual”.  Em suas imagens extremamente simplórias, mas sábias, aprendemos que pertencemos a uma família maravilhosa, chamada Universo, ou “Família da Criação Universal”, onde a Terra é a nossa mãe, o Céu o nosso pai, nossos avôs são o Avô Sol e a Avó Lua. Nossos irmãos e irmãs são o Povo de Pedra, o Povo-em-Pé (as árvores), as Criaturas, o Povo-Planta e os outros Duas-Pernas. Entre todos, numa verdadeira fraternidade, há amor e respeito, e os mais velhos e experientes transmitem os seus conhecimentos aos mais novos, para que esses, um dia façam o mesmo.

A simplicidade de suas histórias, além de encantadoras, nos mostram como poderia e deveria ser o convívio entre as pessoas, respeitando cada uma como deveríamos respeitar a nós mesmos; permitindo que cada pessoa viva como achar melhor, sem que estejamos eternamente julgando, e consequentemente condenando ou absolvendo, como se fôramos os grandes juízes da Vida.

Permitir que as pessoas vivam as suas vidas e declarem as suas preferência e opiniões é, antes de qualquer coisa, um ato de Amor, compartilhado e dividido entre todos no grupo.

Em em todas as vertentes da atividade terapêutica natural e holística, o foco principal é a busca da felicidade e do prazer pleno por aquilo que se faz, com amor e responsabilidade, para que possamos entender e participar deste grande concerto universal chamado Vida.

Quando buscamos a felicidade, sendo criativos e úteis a nós e ao grupo do qual pertencemos, sentimos uma sensação única e indescritível de PAZ, a recompensa máxima do Ser Humano exercitando o dom divino do aprendizado, para que possamos viver numa vibração cada vez mais alta e de mais LUZ.

E sempre que falamos em aprendizado, de imediato nos lembramos do quanto podemos aprender com os ensinamentos dos índios norte-americanos, que dentre tantas coisas nos ensina a reconhecer e a utilizar a verdadeira PAZ, quando diz que: “No mundo moderno muitas vezes olhamos para a paz como ausência de guerra, mas a paz representa muito mais do que isso, dentro do nosso modo nativo de pensar. A paz é um modo de agir, saber, criar, ouvir, falar e viver. Em todas as circunstâncias a paz vem do interior de nosso próprio Ser. Essa paz resulta do equilíbrio de reconhecer e honrar as polaridades macho/fêmea, ensino/aprendizagem, humildade/orgulho e todos os outros aspectos do viver em harmonia. Não é algo que possa ser pesado, exceto pelo nosso próprio Ser. Se tivesse que haver uma medida, ela seria determinada pela capacidade do coração de permanecer aberto, sereno e livre de receios.”  

Assim aprendemos quando, de suas cartas, tiramos aleatoriamente a de número 1 chamada “O CACHIMBO – Oração/Paz Interior”. E ela nos ensina que o fornilho do cachimbo representa o aspecto feminino de todas as coisas vivas, e o tubo é o símbolo do aspecto masculino em todas as formas de vida. O simples ato de colocar o tubo no fornilho simboliza união, criação e fertilidade.

Mais adiante, finalizando os ensinamentos da Carta 1, aprendemos que: “A paz interior pode ser encontrada através da prece e da compreensão de seu papel individual dentro do Todo da Criação. A paz mundial começa dentro do coração de cada indivíduo. Chegou o momento de fazer as pazes com os outros ou com qualquer conflito interno que impeça você de ver a beleza de seu verdadeiro potencial. Em todos os casos, a Carta do Cachimbo pede que você honre as bênçãos concedidas pelo Grande Mistério. Ela pede a você que honre tudo aquilo que você é e o motivo por que você está aqui. Ela lhe pergunta como você pode ajudar o mundo. Ao fazer as pazes com o seu próprio Ser interno, essas questões serão respondidas e o Caminho Sagrado se tornará mais claro e luminoso dentro de você.

A carta nº 15, das “Cartas do Caminho Sagrado” é, como as demais, fantástica e extremamente simples em seus ensinamentos de Vida. Chama-se “BASTÃO-QUE-FALA. Pontos de vista/Opções”, e nos ensina: “O Bastão-que-fala é um instrumento usado por muitas Tradições Americanas Nativas toda vez que um Conselho é convocado. Ele permite que todos os membros do Conselho apresentem seu Sagrado Ponto de Vista. O Bastão-que-fala passa de pessoa a pessoa à medida que a reunião se processa. Somente a pessoa que segura o bastão tem o direito de falar naquele momento. A Pena-de-Resposta também deve ser segurada pela pessoa que fala a menos que esta dirija uma pergunta a outro Membro do Conselho. Neste momento a Pena-de-Resposta passa para a pessoa que vai responder a pergunta.”

O que vemos, no dia a dia de nossas vidas e principalmente nos consultórios, é que certas pessoas “exigem” que as demais vivam em função de seus parâmetros e julgamentos, e não em função do que essas pessoas admitem como válido ou acertado. Atuam, muitas vezes, de modo onipotente e quase arrogante, determinando como os outros devem reagir a diferentes aspectos da vida, independente de suas convicções. E quando os outros não aceitam a sua “participação” se sentem rejeitados e secundarizados em seu poder de mando. E vão aos consultórios de Psicoterapia com queixas de depressão e “menos valia”. É incrível, mas é o que existe.

Ainda as “Cartas do Caminho Sagrado” nos fala que “O Bastão-que-fala nos recorda que o ponto de vista alheio é muito valioso e nos ensina a maneira de escutar e colocar em prática tudo aquilo que ouvimos. Estamos sendo solicitados a não interromper aqueles que estão compartilhando sua Sabedoria conosco. Devemos aprender, ao ouvir os outros, que a vida nos oferece inúmeras escolhas e respostas para qualquer dilema que nos seja colocado.”

E finaliza as suas considerações dizendo: “Lembre-se de que todos os sinais da vida e todas as escolhas estão disponíveis para aqueles que sabem ouvir. Está surgindo uma outra oportunidade para que o seu crescimento se faça por um novo caminho. Use este presente agora e use-o com Sabedoria.”

 

Vejamos o que nos fala a Carta 44, chamada ESPAÇO SAGRADO. Aproveitemos os seus ensinamentos:

“A carta do Espaço Sagrado sublinha o respeito que devemos ter pelos bens, as idéias, os lares e as personalidades dos outros. Isso se aplica ao respeito que devemos ter pelo nosso próprio ser interno. Demarque claramente o seu território. Respeite a você mesmo, para que os outros possam sentir o reflexo desse respeito em si próprio e para que tenham mais respeito ao lidar com você. Aprenda a dizer não!

O Espaço Sagrado significa que você considera o seu corpo, os seus sentimentos e as suas posses como objetos sagrados, e que não permitirá que outras pessoas abusem e se aproveitem deles. Só convide a entrar em seu Espaço Sagrado aquelas pessoas que demonstram merecer este direito e que se esforçam para respeitá-lo. Você é quem determina como as outras pessoas devem tratá-lo, pela maneira como você trata a você mesmo.

Em todos os casos o respeito que você demonstra ter por você mesmo e por todas as formas de vida determina a sua maneira de se relacionar com toda a extensa família planetária. Se permitir que os outros sejam destrutivos, de alguma maneira, dentro do seu próprio Espaço Sagrado, você está preocupado demais em se sentir querido. O importante não é que os outros gostem de você, mas sim que você se sinta capaz de conviver harmoniosamente com você mesmo. A felicidade não começa pelo lado de fora. Ela brota de dentro.”



Fonte: http://sites.google.com/a/mirako.org/www/paz-interior/estudo-basico/as-cartas-do-caminho-sagrado

3 comentários:

  1. "O importante não é que os outros gostem de você, mas sim que você se sinta capaz de conviver harmoniosamente com você mesmo. A felicidade não começa pelo lado de fora. Ela brota de dentro.”
    Lindas lições dos indios amaricanos, li tudo e adorei!
    É assim mesmo a vida, eu notei que a disciplina e o respeito mutuo é o segredo desses ensinamentos!
    Beijos Lu, bom final de semana pra você e sua familia.
    Ivone.

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  2. Amiga Ivone, querida! De fato, disciplina e respeito fazem parte da fórmula para o bem viver, segundo os índios americanos e segundo todos os seres humanos de bom senso... Sei que concordas com isso! ótimo fim de semana também pra tí e os teus! Bju bju bju

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