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SIM à essência!




É completamente viável que nos adequemos a regras para vivermos pacificamente em sociedade, sem regras estaríamos no caos. No entanto, é possível não descumprir leis e ao mesmo tempo viver conforme a alma reivindica. Crescemos aprendendo a usar máscaras, uma para cada situação. Não interessa os sentimentos da criança, ela tem que sentar à mesa para tomar um chá com uma tia, uma amiga da família ou uma visita qualquer. Mesmo sendo intolerável ficar ouvindo aquela senhora só reclamar da vida, falar mal de outras pessoas e de todas as doenças que ela tem e mais as que ela supõe ter, devido sua mente hipocondríaca. Mesmo assim, a criança tem que permanecer ali, para crescer com laços afetivos com os entes ditos queridos. 

Esse é apenas um exemplo, entre muitas outras situações do dia a dia que impomos a nossos filhos. Será que isso é correto, forçar uma criança como se ela não possuísse desejos próprios? Isso faz bem ao ego dos pais, mostrar que seu filho ou filha é uma criança perfeita, educada, mas e para a criança, será correto forçá-la? Uma criança que cresce aprendendo a dissimular com certeza não será um adulto educado, mas sim um adulto dissimulado. 

Gente que se aproxima de pessoas mesmo sem sentir afinidade alguma, somente por ambicionar algum tipo de ascensão pessoal ou profissional. Gente que se utiliza de sorrisos e elogios apenas para se aproximar de alguém exclusivamente com o intuito de tirar algum proveito. Gente que procura um relacionamento amoroso, mesmo não amando, apenas  para conseguir um tipo de estilo de vida, status social. Gente que quer se tornar amigo de alguém que seja um ícone, que tenha algum tipo de poder, se tornar amigo não por sintonia/admiração, mas para se autopromover. Existem mil citações de máscaras utilizadas, contudo não teria espaço aqui para digitar todas elas. 

Muitas coisas me fazem pensar a respeito de como devemos educar nossas crianças. Orientá-las para que desenvolvam suas próprias verdades ou tratá-las como nossos lindos robôs, que reproduzem paradigmas para que nós possamos exibi-las como uma perfeita criação de nossa autoria? Eu particularmente luto para ser uma pessoa melhor a cada dia e desejo que minha filha seja também assim, uma pessoa que busque se aperfeiçoar na sua essência, que como eu repudie o mundo das aparências. 

Após essa minha análise, proveniente de uma observação de fatos cotidianos, tentarei prestar mais atenção ainda a personalidade e preferências de minha filha. Antes eu até me opunha quando ela relatava querer exercer certas profissões, a partir de hoje nem isso o farei, pois almejo que ela se desenvolva conforme sua natureza, meu dever é orientá-la não persuadi-la. Hoje ela apenas possui nove anos, tem uma vida toda pela frente, nasceu linda, inteligente e saudável, Graças a Deus! E apesar de mãe, não tenho direito algum de aprisionar sua alma, alma esta que como todas as outras, nasceu livre, livre de maledicências, preconceitos, dissimulações, enfim, nasceu pura. A minha bagagem de experiências vividas não deve ser imposta a minha filha, pode servir apenas de laboratório, de ilustração, pois ela terá suas próprias experiências e descobertas, ela formará seus próprios conceitos em relação a tudo. 

Penso que todos os pais deveriam fazer uma reflexão sobre este tema, para que não destorçam, para que não deformem a natureza de seus filhos. A sociedade impõe uma postura, podemos seguir as regras para haver um bom convívio, mas personalidade é algo que não se impõe, afinal, cada ser possui uma caminhada individual, cada alma necessita de algo distinto. A sociedade, inegavelmente, instiga a falsidade, estimula o dissimular, no entanto, eu sempre tive asco de dissimulações e não quero que minha filha cresça seguindo modelos coletivos, ela é um ser único. É assim que todos os pais deveriam ver seus filhos, assim todas as crianças cresceriam se sentindo verdadeiramente respeitadas e amadas, se tornariam adultos responsáveis, com auto estima elevada, seguros de si. 

Quando nos deparamos com pessoas que fingem o tempo todo, que fingem serem bondosos, confiáveis e afetivos, nos indignamos, não é? Talvez se fizéssemos uma retrospectiva da vida de tal pessoa, encontrássemos as respostas, as justificativas para tal comportamento. Com certeza, foi uma criança que cresceu orientada para ser assim "cheia de esquemas", "jogo de cintura", para ter mil máscaras e usá-las dependendo da situação, foi orientada para tirar vantagem de tudo, para "dançar conforme a música", etc. Criança que aprende a dissimular será um adulto dissimulado, lembrem-se disso!


Por  Lu Scheffelbain

Todas as reproduções, parciais ou na íntegra, devem fazer referência ao nome da autora 
Lu Scheffelbain e ao blog http://eulunaluz.blogspot.com/
 


3 comentários:

  1. Lu, é bem assim que se deve conduzir a educação dos filhos, os meus, eu os eduquei respeitando a individualidades deles, hoje são seguros de si, vivem bem, sabem tomar decisões e amiga, eles são como eu, sinceros, não dissimulam nunca,isso é viver livre de certa forma, pois a liberdade tem sim seu preço, precisamos respeitar as pessoas para sermos livres de verdade!
    Abraços amiga e amo ler seus textos!

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  2. Lu Z.... Vc é por demais de generosa comigo.
    Vc sempre me emociona com tuas palavras, com essa maneira de me enxergar melhor do que realmente sou!
    Obrigada por vc existir e por vc ser assim, da maneira como voce é!
    Tenho certeza que um ia a gente vai se conhecer..esta na minha lista de desejos.

    Quanto ao tema..sabe.. eu fico triste quando vejo alguém tendo que mostrar uma coisa que não
    é.
    A gente sente.... e triste daquele que precisa usar deste artificio para ser aceito.

    Quanto ao nossos filhos....a minha tem 18 anos.
    Já sabe o que quer....eu respeito. Pòsso até na minha esperiencia achar que tal caminho talvez fosse mais fácil. Ma me policio.
    Pq ela que tem que passar pela experiencia e assumir suas escolhas.
    O maximo que faço é perguntar: Bruna, experimenta pensar por este lado.

    Acho que ela não experimenta rsrs

    Depois que voce passou por la, eu compelmentei a minha postagem contanto esta história:

    Ah....lembrei uma história que aconteceu ano passado:
    Eu deixava meus colares em uma loja aqui em SP para serem vendidos. Um dia a Monica, dona da loja me ligou dizendo se eu podia consertar um colar que uma cliente tinha comprado e que tinha dado
    uma "lascadinha". Era uma mandala... com o simbolo do Brahma Kumaris... que é Deus... só que a
    mandalinha que eu tinha feito era azul. Claro que sim, eu disse.
    Fui lá buscar a peça... e dava para arrumar... esmaltei o "lascadinho" e mandei para o forno de novo.
    Perfeito.
    Passado uns dias ela me liga de novo..... ela deixou a peça cair no chão e fez outro "lascadinho".
    Fui até e disse que daria um colar novo. Não me custaria nada.
    A Monica me disse..Não Ma, ela quer este mesmo, não quer outro.
    Eu não entendi e perguntei porque?
    Ela disse... Ela foi para India com esse colar.. e muitas pessoas olharam e gostaram ( O Brahma Kumaris tem sede na India ), e esse colar foi banhado no Ganges.... é o amuleto dela.
    Não preciso dizer mais nada. Meu coração é mole. Um colar feito por mim, banhado no Rio Ganges e sendo um amuleto para alguém!! Demais....

    beijos e beijos..te amo....

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  3. Lu minha querida,

    Tudo bem contigo?
    Estava com Saudades de seu espaço, e muito mais de suas mensagens.....gosto muito da forma como você escreve, tens um dom Maravilhoso e Lindo com as palavras.
    Esta mensagem esta belíssima!!! Simplesmente Perfeita!!!

    Sabe, eu e meu marido estamos juntos há 15 anos, e tivemos uma criação na infância que foi muito parecida (porque éramos as “ovelhas negras” nas nossas famílias), tudo porque tínhamos a nossa personalidade, e quando queriam impor algo para nós sempre relutávamos e com isto recebíamos títulos como: egoístas, crianças ruins, cabeças fracas, etc......tudo porque não seguíamos o padrão familiar.
    E com o passar do tempo depois de muito conversarmos, chegamos a conclusão que sempre estivemos certos, porque sempre respeitamos “nossas verdades”....independente do que pai, mãe, e outros familiares nos impunham.
    E hoje com nossos 3 filhos, procuramos conversar muito com eles.......na fase em que eles estão agora entrando na adolescência, mais do que nunca nosso papel é apenas de orientá-los, procurando incentivá-los em suas liberdade de Ser.
    Não impomos nada, seja em seus futuros como pessoas, profissional e inclusive espiritual.....mas não é por isto que nosso papel é pouco, pois sempre fomos muito diretos com eles sobre as realidades da vida e principalmente sobre as Leis do Universo.
    E eles sabem de suas responsabilidades, porque querendo ou não vivemos num mundo material, mas sabem também que em primeiro lugar estão suas escolhas.
    E eu e o pai lhes damos a segurança de que eles são capazes, confiamos em seus potenciais como Seres humanos e principalmente como Seres Espirituais.....mas dizemos para eles que nada está em nossas mãos, a vida deles pertence á eles, e mesmo quando não estiverem mais morando conosco, estaremos sempre abertos para auxiliá-los no que for possível, mas sem passar a mão na cabeça.

    Quero lhe agradecer pela presença e pelo seu grande carinho lá no “Essência” durante o período em que estive de férias, fiquei muito Feliz com suas palavras.....me emocionaram muito, foi um grande presente!

    Um beijo enorme em seu coração!!!!

    De Lú pra Lu!

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